"- Tá sentindo um cheiro estranho?
- An... deve ser da usina.
- Conversa, homem. E eu não sei o cheiro que sai de usina? Isso é a podridão do mundo."
o filme vale por esse diálogo, que por sinal, não acrescenta algo de novo. o problema em fazer um filme desses "tapa na cara" é que corre-se o risco do espectador se perguntar: "tá, qual a novidade?". que o mundo não têm mais jeito, drummond já nos alertou há muito tempo. mostrar explicitamente - repito - explicitamente, até onde vai a maluquice humana, pode não ser uma boa estratégia para um filme.
baixio das bestas é uma espécie de continuação de amarelo manga, filme do mesmo diretor. em amarelo manga, as pequenas histórias eram fragmentadas e acabavam se juntando de alguma forma. em baixio das bestas também. dois atores (que eu me lembro) são mantidos: matheus nachtergaele e dira paes. mas ainda assim, o filme não me agradou tanto quanto seu predecessor. talvez porque amarelo manga tivesse dose suficiente de podridão humana. o diretor deveria ter pensado: "bom já deu, né?! não preciso mostrar como a humanidade é escrota!". deveria, mas não pensou. no fim das contas, parece que ele sente algum prazer nessa bizarrice toda.
pode ser que o diretor cláudio assis esteja fazendo um "cinema desagradável" como nelson rodrigues denominava seu teatro tão criticado à seu tempo. resta saber se assis virará um ícone do cinema nacional.
em tempo, eu adorei amarelo manga.
trailer do filme
- An... deve ser da usina.
- Conversa, homem. E eu não sei o cheiro que sai de usina? Isso é a podridão do mundo."
o filme vale por esse diálogo, que por sinal, não acrescenta algo de novo. o problema em fazer um filme desses "tapa na cara" é que corre-se o risco do espectador se perguntar: "tá, qual a novidade?". que o mundo não têm mais jeito, drummond já nos alertou há muito tempo. mostrar explicitamente - repito - explicitamente, até onde vai a maluquice humana, pode não ser uma boa estratégia para um filme.
baixio das bestas é uma espécie de continuação de amarelo manga, filme do mesmo diretor. em amarelo manga, as pequenas histórias eram fragmentadas e acabavam se juntando de alguma forma. em baixio das bestas também. dois atores (que eu me lembro) são mantidos: matheus nachtergaele e dira paes. mas ainda assim, o filme não me agradou tanto quanto seu predecessor. talvez porque amarelo manga tivesse dose suficiente de podridão humana. o diretor deveria ter pensado: "bom já deu, né?! não preciso mostrar como a humanidade é escrota!". deveria, mas não pensou. no fim das contas, parece que ele sente algum prazer nessa bizarrice toda.
pode ser que o diretor cláudio assis esteja fazendo um "cinema desagradável" como nelson rodrigues denominava seu teatro tão criticado à seu tempo. resta saber se assis virará um ícone do cinema nacional.
em tempo, eu adorei amarelo manga.
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