Um pouco das minhas suspeitas se confirmaram tão logo cheguei no Aeroporto de Ezeiza em Buenos Aires. A gripe não era lá aquela coisa assutadora que se divulgava por cá. Tá certo que o Aeroporto estava mais vazio do que se esperava. Mas não vi aquele desfile de pessoas mascaradas. Mais tarde, pude confirmar que a situação não é mesmo o que se pensa por aqui.
Na saída do Aeroporto um fotógrafo do globoesporte.com pediu para tirar uma foto da galera que estava chegando. E lá fomos nós. Por volta das 16:00 chegamos ao hotel. Às 18:00 a van que nos levaria ao Estádio Ciudad de La Plata passaria no hotel. Tivemos pouco tempo para ajeitar as coisas, tomar um banho e comer algo. Saímos de BH às 8:00 depois de um atraso do vôo - não lembro bem que horas saímos de Guarulhos. Mas é fato que não tivemos uma refeição decente durante o dia inteiro. E ainda assim, na correria, tivemos que apelar para o Mac Donald's. Mas teriamos tempo de fazer turismo na quinta feira e na sexta de manhã. O importante na quarta era o jogo. Então, vamos a ele.
No estádio, fomos muito bem tratados pelos policiais. O lugar reservado para a torcida cruzeirense era bastante espaçoso, talvez pela expectativa de um público maior. Expectativa que não se cumpriu muito em função da gripe. Enfim, ficamos num lugar muito bom, perto do campo e bem protegidos. O frio era de rachar os beiços. Perto dos 0°C com sensação térmica de -2°C por causa do vento.
O jogo? Que jogo! Pressão do Estudiantes e o Fábio salvando tudo lá atrás. Puxando pela memória, percebo que me senti meio técnico do time. É que houve o seguinte: havia um bom espaço plano perto do muro que separava o campo da arquibancada. E eu fiquei por ali andando de um lado pro outro numa tensão terrivelmente deliciosa. A cada jogada por ali, fazia uns gestos e apontava o posicionamento correto dos jogadores. "Olhas as costas, Magrão! Aperta, Paulista! Vira o jogo, vira o jogo! Dá no Paraná!". E por aí ia eu - e todos os torcedores é claro. Foi divertido.
A finalíssima é amanhã e o Cruzeiro pode até não vencer. Mas se o título vier, vou sempre me lembrar de um lance dessa partida. Aos 16'41'' do primeiro tempo, o Estudiantes fez uma jogada pela direita. Pérez tabelou com Fernandez que lhe deixou na cara de Fábio. Pérez chutou e Fábio fez uma defesa sensacional. O lance foi no gol contrário a minha posição. Mas eu vi a jogada de frente, como se na visão do atacante argentino - só que muitos metros atrás. Pra mim, era uma bola indenfensável. Mas Fábio fez o impossível. Eu comemorei como se fosse gol enquanto outros torcedores xingavam o Gérson Magrão que havia tomado a bola nas costas (Ah se o Magrão ouvisse o treinador aqui...). Enfim, há sempre aquele lance que todos se lembram como o que deu o título ao seu time. E para mim, se o tri vier amanhã, esse será o lance do campeonato.
Foram, no mínimo, 4 milagres do Fábio e eu poderia escolher qualquer outra defesa. Mas esta me deu aquela certeza de torcedor - falível - de que o título não pode ir para outras mãos. E se jogadores como Jonathan, Wágner, Magrão e o próprio técnico Adílson, tiveram que aguentar e provar para a exigente - às vezes, em demasia - torcida cruzeirense o seu valor, Fábio é um cara que merece demais ser o capitão do tri. São quase 6 anos de Cruzeiro fechando o gol em muitos jogos, mas pagando por dois momentos ruins: a eliminação para o Paulista de Jundiaí na Copa de Brasil de 2005 e o "gol de costas" no Mineiro-07.
Amanhã, estarei lá no Mineirão. 12 anos depois da Libertadores 97 - meu segundo jogo no estádio; eu com 12 anos. E que a festa seja bonita como em 97. E que título venha como em 97. Mas que não seja tão sofrido como foi em 97.
Na saída do Aeroporto um fotógrafo do globoesporte.com pediu para tirar uma foto da galera que estava chegando. E lá fomos nós. Por volta das 16:00 chegamos ao hotel. Às 18:00 a van que nos levaria ao Estádio Ciudad de La Plata passaria no hotel. Tivemos pouco tempo para ajeitar as coisas, tomar um banho e comer algo. Saímos de BH às 8:00 depois de um atraso do vôo - não lembro bem que horas saímos de Guarulhos. Mas é fato que não tivemos uma refeição decente durante o dia inteiro. E ainda assim, na correria, tivemos que apelar para o Mac Donald's. Mas teriamos tempo de fazer turismo na quinta feira e na sexta de manhã. O importante na quarta era o jogo. Então, vamos a ele.
No estádio, fomos muito bem tratados pelos policiais. O lugar reservado para a torcida cruzeirense era bastante espaçoso, talvez pela expectativa de um público maior. Expectativa que não se cumpriu muito em função da gripe. Enfim, ficamos num lugar muito bom, perto do campo e bem protegidos. O frio era de rachar os beiços. Perto dos 0°C com sensação térmica de -2°C por causa do vento.
O jogo? Que jogo! Pressão do Estudiantes e o Fábio salvando tudo lá atrás. Puxando pela memória, percebo que me senti meio técnico do time. É que houve o seguinte: havia um bom espaço plano perto do muro que separava o campo da arquibancada. E eu fiquei por ali andando de um lado pro outro numa tensão terrivelmente deliciosa. A cada jogada por ali, fazia uns gestos e apontava o posicionamento correto dos jogadores. "Olhas as costas, Magrão! Aperta, Paulista! Vira o jogo, vira o jogo! Dá no Paraná!". E por aí ia eu - e todos os torcedores é claro. Foi divertido.
A finalíssima é amanhã e o Cruzeiro pode até não vencer. Mas se o título vier, vou sempre me lembrar de um lance dessa partida. Aos 16'41'' do primeiro tempo, o Estudiantes fez uma jogada pela direita. Pérez tabelou com Fernandez que lhe deixou na cara de Fábio. Pérez chutou e Fábio fez uma defesa sensacional. O lance foi no gol contrário a minha posição. Mas eu vi a jogada de frente, como se na visão do atacante argentino - só que muitos metros atrás. Pra mim, era uma bola indenfensável. Mas Fábio fez o impossível. Eu comemorei como se fosse gol enquanto outros torcedores xingavam o Gérson Magrão que havia tomado a bola nas costas (Ah se o Magrão ouvisse o treinador aqui...). Enfim, há sempre aquele lance que todos se lembram como o que deu o título ao seu time. E para mim, se o tri vier amanhã, esse será o lance do campeonato.
Foram, no mínimo, 4 milagres do Fábio e eu poderia escolher qualquer outra defesa. Mas esta me deu aquela certeza de torcedor - falível - de que o título não pode ir para outras mãos. E se jogadores como Jonathan, Wágner, Magrão e o próprio técnico Adílson, tiveram que aguentar e provar para a exigente - às vezes, em demasia - torcida cruzeirense o seu valor, Fábio é um cara que merece demais ser o capitão do tri. São quase 6 anos de Cruzeiro fechando o gol em muitos jogos, mas pagando por dois momentos ruins: a eliminação para o Paulista de Jundiaí na Copa de Brasil de 2005 e o "gol de costas" no Mineiro-07.
Amanhã, estarei lá no Mineirão. 12 anos depois da Libertadores 97 - meu segundo jogo no estádio; eu com 12 anos. E que a festa seja bonita como em 97. E que título venha como em 97. Mas que não seja tão sofrido como foi em 97.
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