não havia gênio a quem implorar três desejos. era ele ali e nada mais. e a memória dos anos anteriores pesava cada vez mais porque ele reconhecia, no quinhão de felicidade perdida, as promessas dos melhores dias. não vingaram. teriam se o acaso - doce inimigo - não o tivesse deixado na mão? talvez... certo era o fato de que não podia apelar a quem quer que fosse. na verdade, não tinha ânsia de apelo. o que ele queria mesmo era cantar, pela última vez, aquela primeira canção. aquela em que encontrava a redenção provisória, a canção infantil, aquela canção que perdoava todas suas falhas, a canção derradeira, a canção ideal, a canção inexistente, aquele que nunca soube compor.
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