quarta-feira, 7 de novembro de 2012
três, dois, um
saber da espera o tempo exato;
quando a recorrência ao cronômetro
não diminui o aguardo.
ter na contagem regressiva
o alimento da esperança.
é um a menos
é um a menos
é um a menos que se vai...
porque cada um é que sabe
quantos são os grãos de sua ampulheta.
e que não nos venham com rodas-gigantes!
não queremos ciclo nenhum.
todas as noites, quando a cabeça queda vencida,
é a mesma voz quem repete
- com persistência mântrica -
deixe-me ir
deixe-me ir
deixe-me ir.
e, na aurora, a decepção,
o pessimismo,
o ceticismo
e a constatação inevitável:
se deus existe,
surdo ele é...
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