terça-feira, 16 de abril de 2013

de onde vem essa canção: samba patife

teve uma época, no extinto fotolog, que eu contava como criei algumas das minhas músicas. já não lembro quais apareceram por lá, mas resolvi relembrar algumas histórias. a idéia primeira era aproveitar para gravar todas as músicas novamente. farei isso com aquelas que mudaram muito, ou que não tenho mais comigo. e assim nasce mais uma série - requentada - nesse blog: "de onde vem essa canção?"

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canção do dia: samba patife

tava aqui tentando me lembrar de quando é samba e achei que talvez ele fosse recente. mas aí me lembrei de tê-lo tocado no réveillon de 2009, o que faz com ele seja de 2008. provavelmente ali por volta de novembro.

não era bem uma época em que ouvia muitos sambas com essa levada, mas lembro que a música já tinha uma estrutura mais ou menos formada; faltando apenas alguns detalhes e, obviamente, a letra. letra que foi mezzo inspirada nas idas e vindas de um casal de amigos; marcadas pela safadeza dele e os ciúmes dela.

das coisas mais gostosas quando se faz uma música é perceber a reação das pessoas ao ouvi-la pela primeira vez. e digo que essa seja, talvez, a minha música cujas reações sejam as mais bacanas, sobretudo pelo final meio inesperado.

samba patife

briga comigo, me xinga, me enxota de casa
joga minhas roupas no meio da rua
me manda ir embora e não deixa eu voltar
diz que eu sou vagabundo, um vadio imundo
e nem se eu fosse o último do mundo,
você nunca ia me perdoar


mas você sabe muito bem
que o nosso amor é bom demais
e o que eu sei fazer
ninguém mais é capaz
se achegue aqui, venha depressa, nega
que hoje eu não vou trabalhar
tirei uma folga
pra de você cuidar


mas lá no samba você logo vem com pitimba
por causa da lôra das perna comprida
que veio pra mim, me chamou pra dançar
veja, minha nega, essa lôra é desconhecida
nunca vi mais gorda nessa minha vida
se ela sabe meu nome, o motivo eu sei lá


deve ser coisa do mané,
que gosta mesmo de aprontar
ele deve tá querendo nos separar.
esquece isso e vem pra cá, ô nega,
deixa eu te dizer
eu não tenho nada a ver com a desireé.


calma, minha nega, eu me explico, não fique nervosa
o nome da lôra surgiu numa prosa
que eu tive com o clóvis, o jorge e o tião.
eles diziam que a lôra é mulher da vida
destrói casamento, te põe na bebida,
leva teu dinheiro e te deixa na mão


mas nessa eu não vou cair
tenho três filhos pra cuidar
e obrigação de zelar do nosso lar.
e eu te prometo, minha nega,
se um dia eu te trair
eu nunca vou deixar você me descobrir


2 comentários:

Anônimo disse...

Delícia de sambinha!!

"e eu te prometo, minha nega,
se um dia eu te trair
eu nunca vou deixar você me descobrir"

o que os olhos nao veem, coração nao sente?! rsrs
eitchátchá...
Raíssa Lemos

Marcelo Centauro disse...

!!!!