quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ainda sobre o caso makingoff.org

fiquei impressionado com a repercussão do fechamento do makingoff. esse blog até recebeu visitas novas! enfim, talvez não tenha sido muito claro, então tentemos esclarecer as coisas.

1- a exclusão de quem nunca tinha comentado no fórum não foi uma punição. o critério adotado era o único possível.

2- se não houvesse a exclusão, o fórum acabaria pra sempre. simples assim.

3- de novo, a exclusão era a única solução para que o fórum não acabasse para todo sempre, amém.

4- eu não faço parte da organização do fórum, mas tenho certeza que eles também não ficaram felizes com essa solução.

eu nem vem vou levar em conta acusações de falta de ética ou argumentos do tipo "ninguém é obrigado a comentar".

agora, quanto aos convites: o sistema ainda não foi implantado. não se sabe quantos convites cada membro terá. cada membro escolherá o melhor critério para convidar as pessoas. de minha parte, digo que pedirei no momento oportuno que os interessados em convites me enviem um screenshot do seu cliente torrent para garantir assim que é de fato um semeador. mais pra frente darei detalhes de como isso deverá ser feito.

se os novos visitantes quiserem continuar freqüentando o blog, serão muito bem vindos.

5 comentários:

Unknown disse...

fui excluído e queria voltar.
tinha entrado no fórum fazia pouco tempo e baixado 5 filmes. Só hoje to vendo o que aconteceu.
Quando você tiver convites gostaria de receber um.
"um screenshot do seu cliente torrent para garantir assim que é de fato um semeador. mais pra frente darei detalhes de como isso deverá ser feito."
é só me explicar como faço isso.

Anônimo disse...

screenshot e sementes...
pois é, essas coisas são muito avançadas pra mim... mas pelo menos aprendi que comentários são importantes! haha

(calma, tô só brincando)

tem gente que realmente não tem classe, né?

mas eu acho de muita classe a criação de um fórum sobre cinema aberto a todos. mesmo que hoje eu tenha recebido um email dizendo que fui excluída dele (e isso foi é classe mesmo, se não estivessem nem aí, não dariam nem satisfação).

acho que é uma iniciativa maravilhosa esse fórum existir e a tentativa de mante-lo... mesmo que pessoas tenham sido excluídas, é melhor que ele ainda exista. outras formas de colaboração serão criadas, tenho certeza.

Anônimo disse...

Caro Matheus,

Cheguei ao seu blog por causa deste fechamento do Making Off. Eu era membro há mais ou menos um ano, creio. Sempre participei regularmente, baixando e enviando, apesar de que não postava. Não sou muito bom com a linguagem destes programas, mas, se você me ensinar como encontrar o índice da "ratio" no BitComet, posso enviar o número pra você.

Gostaria que você me ajudasse a acessar novamente o site, com um convite, ou me indicando para quem puder me convidar. Sou mestrando em cinema em Goiânia, com uma pesquisa cotejando o cinema novo e a retomada no Brasil. O Making Off permitiu-me chegar a filmes essenciais para a minha pesquisa, e que não estão disponíveis na minha cidade, seja nas locadoras ou videotecas.

Enfim, se você puder me ajudar, peço que entre em contato comigo no meu e-mail: rodcassio@hotmail.com

Grato,

João Teixeira disse...

“Que aspecto oferece a vida desse homem multitudinário, que com progressiva abundância vai engendrando o século XIX? Desde já, um aspecto de omnimoda facilidade material. Nunca pode o homem médio resolver com tanta folga seu problema econômico. Enquanto em proporção diminuíam as grandes fortunas e se tornava mais dura a existência do operário industrial, o homem médio de qualquer classe social encontrava cada dia mais franco seu horizonte econômico. Cada dia ajuntava um novo luxo ao repertório de seu standard vital. Cada dia sua posição era mais segura e mais independente do arbítrio alheio. O que antes se houvera considerado comum benefício da sorte que inspirava humilde gratidão ao destino, converteu-se num direito que não se agradece, mas que se exige.

“(...)Porque, com efeito, o homem vulgar, ao encontrar-se com esse mundo técnica e socialmente tão perfeito, crê que o produziu a natureza, e não pensa nunca nos esforços geniais de indivíduos excelentes que supõe sua criação. Menos ainda admitirá a idéia de que todas estas facilidades continuam apoiando-se em certas difíceis virtudes dos homens, dos quais o menor malogro volatilizaria rapidissimamente a magnífica construção.

”Isto nos leva a apontar no diagrama psicológico do homem-massa atual dois primeiros traços: a livre expansão de seus desejos vitais, portanto, de sua pessoa, e a radical ingratidão a tudo quanto tornou possível a facilidade de sua existência. Um e outro traço compõem a conhecida psicologia da criança mimada. E, com efeito, não erraria quem utilizasse esta como uma quadrícula para olhar através dela a alma das massas atuais. Herdeiro de um passado extensíssimo e genial - genial de inspirações e de esforços -, o novo vulgo tem sido mimado pelo mundo circunstante. Mimar é não limitar os desejos, dar a impressão a um ser de que tudo lhe está permitido e a nada está obrigado. A criatura submetida a este regime não tem a experiência de suas próprias limitações. À força de evitar-lhe toda pressão em redor, todo choque com outros seres, chega a crer efetivamente que só ele existe, e se acostuma a não contar com os demais, sobretudo a não contar com ninguém como superior a ele. Esta sensação da superioridade alheia só podia ser-lhe proporcionada por quem, mais forte que ele, lhe houvesse obrigado a renunciar a um desejo, a reduzir-se, a conter-se. Assim teria aprendido esta essencial disciplina: "Aí termino eu e começa outro que pode mais do que eu. No mundo, pelo visto, há dois: eu e outro superior a mim". Ao homem médio de outras épocas ensinava-lhe quotidianamente seu mundo esta elemental sabedoria, porque era um mundo tão toscamente organizado, que as catástrofes eram freqüentes e não havia nele nada seguro, abundante nem estável. Mas as novas massas encontram uma paisagem cheia de possibilidades e além disso segura, e tudo isso presto, a sua disposição, sem depender de seu prévio esforço, como achamos o sol no alto sem que nós o tenhamos subido ao ombro. Nenhum ser humano agradece a outro o ar que respira, porque o ar não foi fabricado por ninguém: pertence ao conjunto do que "está aí", do que dizemos "é natural", porque não falta. Estas massas mimadas são suficientemente pouco inteligentes para crer que essa organização material e social, posta a sua disposição como o ar, é de sua própria origem, já que tampouco falha, ao que parece, e é quase tão perfeita como a natural.”

Ortega y Gasset , A rebelião das massas, primeira parte, capítulo sexto.

Unknown disse...

Prezado Matheus e colegas comentaristas,

também fui excluído do Making Off, mas não fazia nem um mês que eu tinha ficado sabendo do mesmo. Mas o pouco que usufrui confesso que infelizmente não fiz nenhum post, por outro lado gostaria de deixar aqui os meus parabéns ao grupo que administra este Fórum', pois é de alta qualidade e lá vc encontra uma filmografia mais alternativa, principalmente do que circula em blogs e outros fóruns na internet. Sou professor e pesquisador na área de cinema e o fórum me ajudou a encontrar coisas interessantes inclusive para uso acadêmico. Então, se um dia eu puder ser convidado seria muito grato pela gentileza. Fica aqui meu contato (tomaim78@gmail.com), se vc Matheus puder repassar esta mensagem para os administradores, agradeço.
Cássio Tomaim