E se um dia você acordasse e se desse conta de que é a única pessoa no mundo? Isso é o que ocorre com Zac Hobson (Bruno Lawrence) na ficção científica The Quiet Earth (Terra Tranqüila).
Quando assisti Vanilla Sky (2001) pela primeira vez, lembro de como gostei de uma das cenas iniciais, quando o personagem vivido por Tom Cruise sai correndo pela Times Square absolutamente vazia. Desde então ficava imaginando como seria acordar sozinho no mundo.
Pois em The Quiet Earth pude experimentar aquela sensação durante praticamente o filme todo. Você vai acompanhando a progressão das emoções de Zac Hobson: da incompreensão ao desespero, do desespero à tranqüilidade, da tranqüilidade à loucura. É interessante imaginar o comportamento de um ser humano sozinho no mundo. Zac não consegue ficar efetivamente sozinho. Suas múltiplas personalidades tomam forma e ele encontra meios de disfarçar a solidão. A cena em que ele faz um discurso para a multidão invisível, por exemplo, é inesquecível.
É ainda mais significativa a explicação para o fato dele ter sobrevivido à dizimação da humanidade. Enfim, The Quiet Earth é um exemplo de que explosões, alienígenas e super-máquinas não são necessárias para se fazer um bom filme de ficção científica.
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