sábado, 6 de fevereiro de 2010

Libertadores 10 - Cruzeiro 7 x 0 Real Potosí

Sem altitude, a lógica: a maior goleada no clube celeste em todas suas participações na Copa Libertadores da América.

Um jogo para selar a paz entre torcida e Kléber e embalar o Cruzeiro nesse ano que promete ser de muitas alegrias.

O Cruzeiro fez o que dele se esperava. Partiu pra cima de um adversário fraco tecnicamente, taticamente e mentalmente. Um time que tem um jogador expulso aos dois segundos (!) do segundo tempo, não merece outra coisa que não uma goleada acachapante.

Notas

Fábio - Sem nota
Não precisou fazer coisa alguma no jogo.

Jonathan - 8,5
Um gol e participação em outros três. Jogou o que dele se viu no ano passado, mas ainda não tinha aparecido em 2010.

Leonardo Silva - 6,0
Não teve o menor trabalho.

Gil - 6,0
Idem.

Diego Renan - 8,0
Mereceu fazer o seu gol. Como sempre, subiu com muita qualidade para o ataque. Ainda precisa de corrigir a cobertura. Em jogos como esse não tem problema, mas no futuro esse pode ser o ponto fraco da nossa defesa.

Elicarlos - 7,0
Parece que será o injustiçado de 2010. O torcedor que não percebe que um time de futebol também se faz de marcação, crucifica o Elicarlos pois espera dele algo que ele não é capaz de fazer, e muito menos é sua função. Saiu para entrada de Guerrón (6,0) que precisa jogar muito mais do que joga quando entra. Me parece ser aquele jogador que ou pensa ou corre. Quando pegar um defensor de mais qualidade, sua jogadinha cortando sempre para a direita não irá funcionar.

Henrique - 7,0
Marcou bem e saiu com qualidade para o ataque.

Marquinhos Paraná - 7,0
A classe de sempre e um gol que foi mais do Paulista que dele.

Thiago Ribeiro - 9,0
O melhor em campo. Esse jogo serviu para o torcedor que simpatiza pelo Guerrón ver qual a diferença entre os dois. O Ribeiro jogou por todos os lados do campo, voltou inúmeras vezes para roubar a bola no campo de defesa. Finaliza mal? Sim. Mas compensa criando espaços e ajudando defensivamente. Continuo achando que ele deve formar a dupla de ataque ao lado de Kléber.

Wellington Paulista - 8,5
Também jogou muito bem e começa a criar um bom problema para o Adílson Batista. "Fez" o gol do Paraná e ainda deu belíssimo passe para o gol do Ribeiro. É um jogador com o qual se pode contar sempre. Só me preocupa seu temperamento explosivo. Saiu para a entrada de Bernardo (7,0) que jogou bem. Precisa de uma pouco mais de rapidez no toque de bola. Falta também chamar um pouco mais o jogo, assumir a armação da equipe. É só seguir na toada de menos marra e mais futebol.

Kléber - 8,0
Tinha tudo para ser "o" nome do jogo. Com a materna defesa potosina, poderia fazer 3 gols e enlouquecer a torcida. Mas o único gol que marcou e a comemoração beijando o escudo bastaram para acabar com toda conversa fiada que envolveu seu nome desde que chegou ao Cruzeiro. De contrato renovado por 5 anos, tem tudo para se tornar ídolo. Mas tem o Zezé Perrella... Saiu para a entrada de Eliandro (6,5) que se movimentou e fez um bonito gol. É um bom nome dessa safra de jogadores que veio da base cruzeirense.

Adílson Batista - 8,0
Surpreendeu todo mundo - e até a mim - com a formação com 3 atacantes. Ganhou aplausos da torcida quando, depois da expulsão de um jogador do Potosí, tirou o volante Elicarlos para colocar o Guerrón.

CRUZEIRO 7 X 0 REAL POTOSÍ

Motivo: jogo de volta da primeira fase da Copa Libertadores
Data: 03/02/2010 (quarta-feira)
Árbitro: Diego Hernán Abal (ARG)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Público: 36.574 pagantes
Renda: R$ 734.725,75
Gols: Marquinhos Paraná, aos 28 min, Thiago Ribeiro, aos 30 min, Kleber, aos 39 min, e Jonathan, aos 45 min do primeiro tempo; Eliandro, aos 42 min, Bernardo, aos 43 min, e Guerrón, aos 46 min do segundo tempo

Cruzeiro
Fábio; Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan; Elicarlos (Guerrón), Marquinhos Paraná e Henrique; Kleber (Eliandro), Thiago Ribeiro e Wellington Paulista (Bernardo)
Técnico: Adilson Batista

Real Potosí
Machado; Eguino, Ricaldi, Rodríguez e Galindo; Clavijo, Ortiz, Gutierrez e Argarañaz (Loayza); Yecerotte e Andaveris (Torres)
Técnico: Sergio Apaza

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