quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pelé Eterno (2004) - 10

Então segui o conselho do Chaves e fui assitir ao filme do Pelé: o famigerado Pelé Eterno. Não é lá um grande filme, é verdade. Embora o roteiro conte com nomes do calibre de Armando Nogueira e José Roberto Torero, o texto é bastante repetitivo. Para se ter uma idéia, lá pela metade final do filme, minha mãe, que estava no quarto enquanto eu via o filme, me perguntou: "Mas você está decorando a história do Pelé?". Além disso, as toscas atuações do Edson Arantes e sua família é risível. Depoimentos que deveriam ser espontâneos acabam compondo um festival de textinhos prêt-à-porter bem chatos.

Mas não é isso que importa no documentário. O que importa são as imagens recuperadas contando a história do maior atleta de todos os tempos. Para quem, como eu, não teve a oportunidade de ver Pelé jogando ao vivo, o documentário é uma lição de casa indispensável. E mais: se o sujeito é fanático por futebol e não viu "Pelé Eterno", está em débito com o esporte bretão.

Os depoimentos - esses sim, sinceros - dos amigos e companheiros de campo de Pelé dão mostras do quão genial o negão foi com a bola nos pés. E tudo se confirma com as imagens. Pelé era um jogador acima da média, dos adversários, e à frente do seu tempo. Drummond disse que difícil não era fazer mil gols como Pelé, mas fazer um gol como Pelé. E, de fato, Pelé foi um jogador diferente de todos os que já existiram, existem e existirão.

A eficácia para marcar gols, a inteligência para se posicionar e passar a bola, a facilidade para dar dribles secos ou arrancadas, o porte físico e a malandragem para revidar a violência adversária; tudo isso no mais alto nível. É impressionante e emocinante. Amanhã, o Rei completa 70 anos e esse documentário é, para usar as palavras do Jorge Santana, "imperdível para quem ama o futebol. Esporte cujo outro nome é Pelé."

A nota é 10 porque é Pelé.

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