terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vou cantar a minha lira...

Dia 09 do mês passado, Itabira fez aniversário. Lá se vão 162 anos dessa cidade. Engraçado que, quando eu menos esperava, voltei para cá. Sabia que seria provisório e isso era um alento para quem, como eu, já não consegue ficar por aqui tanto tempo. Há qualquer coisa diferente nessa cidade; qualquer coisa que te afeta de tal maneira... Disse que não consigo ficar por aqui tanto tempo, é? Pois não conseguia...

Curioso o fato de a volta ter sido integral, ainda que provisória. É que aqui, deparei-me com tantas lembranças e com tantas novidades que, às vezes, parece que nunca saí. Sei que no próximo ano volto - e quero voltar! e devo voltar! - para Beagá. Mas Itabira já não é mais um retrato na parede. E nem dói tanto assim...

Terra Matter

É pra onde se vai
quando a calma pede lugar,
de onde se parte
quando a urgência é de confusão.

Onde ficam as lembranças de infâncias:
goiabas, futebol, bicicletas e iniciações.
É a lembrança do primeiro porre,
de natal na praça,
de Pico do Amor,
e de amores inaugurais.

Hoje se parte
de mãos dadas ao poeta,
parado no meio do caminho
da pedra
do caminho.

É de onde tudo veio,
é onde tudo há de descansar.

Um comentário:

Letícia disse...

muito bonito isso, Matheus.