Sobre o segundo turno

Não me lembro de discutir política em almoços de família. No máximo, algum comentário sobre quem teria "vencido" o debate da Globo e olhe lá. A maioria da minha família sempre teve uma tendência reacionária e, em alguns casos, pró-ditadura. Coisa maluca...

Filho de professores, minha simpatia pela esquerda foi inevitável. Tudo bem que essa divisão já não se sustenta tanto. Muito do discurso hardcore da esquerda ficou meio caduco e o próprio PT já não é o mesmo das décadas de 80/90. Todavia, esse "maniqueísmo" é inevitável quando se tem um segundo turno entre PT e PSDB. Futebolisticamente falando, trata-se de um clássico como Cruzeiro x Atlético.

Onde quero chegar? Embora tenha votado no Plínio no primeiro turno, por ter algumas reservas quanto ao governo do PT, não existe a menor dúvida quando se trata de Dilma vs. Serra. O crescimento do Brasil nos 8 anos do governo Lula é, para usar as palavras do barbudo, algo que "nunca antes na história deste país" se viu. E até alguns dos meus parentes mais reaça admitem isso.

Claro que tem sempre algum maluco pra dizer que o crescimento do Brasil só foi possível graças ao belíssimo trabalho do Santo FHC; trabalho que, aliás, começou com o bougie-cocaine-boy. É, aquele mesmo do impeachment! É dose...

Para quem vive a universidade um pouco mais de perto, NÃO TEM COMPARAÇÃO. A goleada do governo Lula é digna - para usar novamente o futebol - do duplo 5 x 0 que o Cruzeiro aplicou nas cocotas. O que o ensino superior cresceu nesses 8 anos não tá no gibi, meu amigo. E quem não assume isso é um cretino que só merece chibatada.

Enfim, antes da eleição pensava em anular meu voto num eventual segundo turno. Mas não dá pra correr o risco de andar pra trás. Não mesmo! Meu voto será da Dilma.