já não é mais
a mão infantil
que pesa sobre teu mundo
e nem se pode brincá-lo
tal qual o velho bilboquê
são os botões
que se fecham em teu peito.
é a dúvida
- que nem lhe é de direito -
paralisante
implacável dúvida;
corolário da infância perdida...
esquecida entre goiabeiras
de goiabas doces
e laranjeiras
de laranjas doces
lá, onde tudo era outra coisa.
já não é mais
a mão infantil que pesa
sobre teus ombros
é um peso outro
um estéril horto
implorando absorto
segue, mas não pára de cantar.
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