quinta-feira, 25 de novembro de 2010

rojo (ix)

aquela vontade milenar era sua algaravia, sua balbúrdia cotidiana, o eco eterno. e a cada repetição, a tentação aumentava. e a cada repetição, a tentação aumentava. era por uma tênue fibra - entre a sua loucura e a loucura alheia - era por esse intervalo mínimo que ele, diariamente, recusava os apelos, amontoando-os junto de outros tantos lamentos: a saudade da infância, a primeira mulher e o filho perdido.

e era um peso de uma vida [ainda que breve] inteira forçando-lhe o corpo.
a todo momento
a todo momento
a todo momento
clamando liberdade
aquela liberdade [d.e.f.i.n.i.t.i.v.a]

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e assim termina a série rojo, que é lá de 2006 se a memória não me falha. revistada, pouco se alterou da idéia original. suprimiu-se a última parte que não fazia tanto sentido; era mais um pedaço de outra estória. é curioso como me vêm à mente as mesmas sensações daquele ano. e não seria absurdo achar que esses rabiscos fazem parte da nova safra que ainda nem se confirmou. mas é bem por aí que as coisas vão e sinto que descobri o mote para as próximas peripécias: aquela tentação ancestral que é também a "vontade milenar", a "algaravia", a "balbúrdia cotidiana", o "eco eterno", etc. etc. etc.

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