achara importante a nova tentativa. para ir de coração aberto mesmo - desarmada - e tentar reencontrar aquela familiaridade dos anos anteriores. porque foi bonito, um dia, sabe? e teve a simplicidade e um silêncio que não chegou a constranger. naquele intervalo ínfimo em que o olhar se encontrava, tinha uma doçura nova.
talvez - e só talvez, ela quis - era mesmo disso que precisava: um olhar de candura pro passado; um abraço inocente; uma ausência de subterfúgios, um armistício.
no fim das contas, nunca cogitou o que faria, depois, com aquilo tudo; quem seria dali em diante. mas bastava, naquele momento, ficar por ali. porque amanhã - pelo menos uma vez - não carecia de urgência. amanhã podia vir com naturalidade infantil: olhos de remela, bocejo, passarinho e cobertor.
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